quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Pragma ou Philia ?

quando Eu mostro psique Tu apareces-me eros...

(começamos ao contrário)

Precisei de apanhar ar, aproveitar o sol que é das poucas coisas que me aquece ainda. Percorri ruas que não existiam antes ali, passei por pessoas que conheço só de nunca as ter ouvido. Ando ou mexe-se a cidade e pareço não ter saído nem um pouco de ao pé de ti. Tenho alguma fome, sem tomar conta dos meus passos entro na confeitaria, peço o que não me lembro de comer e vejo no meu reflexo sobre a montra dos bolos o teu, que não me cabe. O que eu gostava de os ver encaixar, como se fossem sombras do mesmo objecto. A luz muda e a sombra vai rodando, ganhando novas formas, encontrando diferentes superfícies mas o objecto, a essência, o princípio de todas as formas que toma, esse é sempre o mesmo. Como nós deveriamos ser. O sol faz tudo acontecer, rodamos, crescemos, dormimos e envelhecemos segundo os raios de sol. Dele apenas deveriamos depender mas somos muito mais que matéria e a nossa alma tudo confunde. Queria poder dizer-te que estou bem, que estamos e vamos ficar bem. É isso que a alma me pede mas pede-me a tua também e essa...