"Recorro aos dias em que não bebi tanto como hoje para não merecer nada do que digo, presto homenagem ao meu instinto por aquilo que não faço, roer a corda do que me prende ao que quero ser, para que possa finalmente ser o que sou."Virginia Wolf
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Falar do que não se consegue explicar
Há tanta suavidade em nada dizer E tudo se entender. Fernando Pessoa
(começamos ao contrário)
- momentos em que fixamos o olhar, que procuramos saber. Diluímos a timidez da nossa cumplicidade nas infinitas manifestações de ternura, nos abraços de calor que parecem eternos. -
A vida como água
Entendo a vida como a água, pode ser serena ou tumultuosa, doce ou salgada e fácilmente se adapta ao que a reveste. Abre o seu caminho na terra mais mole como na pedra mais densa e aquilo que lhe aparece como obstáculo rápidamente se transforma no indicador do novo caminho. Creio que será como a água que temos que viver, não é que isto signifique que apenas temos que nos deixar levar, viver ao gosto das marés, mas antes ser determinados, agir de forma transparente e seguir, com quem nos vamos encontrando, o nosso caminho.
(começamos ao contrário)
De repente era como se fosse o primeiro encontro. Naquele bar simpático, com todos os requisitos que uma situação destas exige: música boa e calma, um espaço atraente e a magnifica vista sobre a cidade e sobre o rio. As ruas serpenteiam e organizam-se numa teia aparentemente desorganizada. O rio reflecte os últimos raios de sol e a lua já se faz notar nos olhares mais atentos. Os pináculos das igrejas cortam a imagem plana e serena do rio que corre ao som da conversa dos dois. São estrangeiros nesta cidade, são estrangeiros ao seu coração.
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