segunda-feira, 25 de maio de 2009
Não há nada que levar a mal...
quero-te, gosto-te, desejo-te, anseio-te, temo-te, protejo-te, adoro-te, procuro-te, ambiciono-te, preciso-te.
sábado, 23 de maio de 2009
começamos ao contrário
não podemos inverter a ordem natural das coisas. é como viver dentro de um relógio sem sermos ponteiros. seguem o seu caminho mesmo que o nosso o contrarie. não seriam sós as nossas horas perdidas. perdia o sono, o conforto e até o sol para me perder contigo.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
*"O coração guarda o que nos escapa das mãos"
No que diz respeito ao amor. Guarda e segura mesmo aquilo que não está sequer ao alcance dos olhos. E nas pessoas? É verdade que o coração sente de facto? Que recebemos a indicação do que temos e, que muitas vezes, são os olhos que não deixam ver? Ou é a razão que anuncia e o coração que tapa? São os outros ou apenas as nossas expectativas? Queremos muito ter aquilo que pensamos ver ou vemos muito para além do que temos? Preciso-te como te vejo. Quero-te como te penso ter. Que aconteça como preciso e quero e penso quereres. Não estaremos só iludidos com o que vemos pensado que é isso que temos? Será assim que acontece? E na tua cabeça? Como pensas querer-nos? Caminhamos parados lado a lado para coisa nenhuma ou sou eu que não consigo ver? Estou cansada e mesmo quando ainda te tenho sinto a nossa falta. *"A vida é uma coisa,o amor é outra" e se apenas um momento de amor pode valer uma vida inteira, sinto que nós temos direito a várias. Quero-as inteiras. *"Por muito longe,por muito difícil,por muito desesperadamente." *(obrigada Pedro por lembrares este texto do MEC)
terça-feira, 12 de maio de 2009
(começamos ao contrário)
ouvimos o vazio. aquele som de barulho nenhum que parece ensurdecer-nos. perdemo-nos em pensamentos que não temos. alimentamos os nossos dias de bocas vazias. enchemos a nossa vida de lugares comuns onde nunca chegamos a estar. falamos com pessoas que não ouvimos e somos insistentemente exteriores a nós. começamos ao contrário e seguimos no sentido inverso. desenrolamos a espiral do nosso pensamento sem encontrar o principio. finalmente chegamos a lugar nenhum e fechamos os olhos. vemos finalmente as cores, a luz, as coisas, vejo-te. só assim te consigo ver, quando fecho os meus olhos. encontramo-nos finalmente sem nos podermos tocar. olhamo-nos sem que veja os teus olhos. ficamos ali lado a lado sem que nenhum espaço seja partilhado.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
a escorregar das mãos sem as conseguir fechar
o tempo passa a correr. crescem-nos os cabelos, perdemos outros, largam a cor, ganhamos mais uns traços na pele que nos obrigam a lembrar como passa tudo tão depressa. coisas que nos parecem imutaveis e imperdiveis toda uma vida e que de repente, num acto de segundos, se perdem como se nunca materializassem tal intensidade. o que outrora se definia como uma emaranhado de raizes, aparece agora sem qualquer vestigio de proximidade. passam-nos os dias, as horas, o amor, a amizade.. passam por nós e alguns ficam, esperando que sejam os que valem a pena. uns passam ao lado, por distração ou apenas por ordem do destino. é preciso continuar a caminhar em frente. não atentar a distrações. por mais passos ao lado que se dê, interessa focar no caminho. voltamos sempre. voltamos sempre ao que somos, ao que nunca muda, ao que acreditamos, queremos e temos de mais precioso. queremos ter-nos lado a lado. 'ninguém é feliz sozinho'. como peças de puzzle pousamos as nossas almas nas mãos de outras e a magia acontece. que assim seja contigo.
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